Publicado em 04/05/2017 - 08:51 Por Fabiana Sampaio - Rio de Janeiro
O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com ação de improbidade administrativa contra o ex-governador Sérgio Cabral e mais 30 réus, para reaver mais de R$ 3 bilhões, que teriam sido desviados com a implantação da Linha 4 do Metrô, que liga a zoona sul à Barra da Tijuca.
Entre os réus estão três ex-secretários de Transportes, servidores e empreiteiras.
Além de ressarcir os cofres públicos, a ação busca a indenização por danos morais coletivos causados aos cidadãos fluminenses e ao estado, no valor de R$ 30 milhões.
De acordo com o Ministério Público, um relatório técnico do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro apontou inúmeras irregularidades no planejamento, na gestão e na execução dos contratos da Linha 4 do Metrô, no período de março de 2010 a outubro de 2015.
O superfaturamento das obras é um dos problemas apontados pelo tribunal.
Firmado em 1998, pelo então governador Marcello Alencar, o contrato de concessão foi restabelecido na administração de Cabral, com o argumento de urgência na construção da linha, para atender à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas do Rio de 2016.
De acordo com o Ministério Público, a participação do governador Luiz Fernando Pezão, que tem foro privilegiado, começou a ser investigada por equipe da instituição que atua perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Procurada, a defesa do ex-governador Sérgio Cabral disse que ele só vai se manifestar em juízo. Já o Governo do Estado informou que não vai comentar o assunto.