FAO dá visibilidade a mulheres rurais que trabalham com agricultura sustentável
Mulheres Rurais
Publicado em 16/10/2018 - 11:46 Por Juliana Cezar Nunes - Brasília
A FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, encerrou nessa segunda-feira (15), Dia da Mulher Rural, os 15 dias de ativismo pelos direitos das mulheres rurais e indígenas.
Foram realizadas atividades para empoderar e informar as mulheres que são responsáveis pela renda de 42% das famílias do campo no Brasil. Ainda assim, somente 20% delas são proprietárias das terras onde trabalham.
O tema da campanha deste ano foram os objetivos do desenvolvimento sustentável, estabelecidos pela ONU. A FAO buscou dar visibilidade para mulheres rurais e indígenas que contribuem para promover a agricultura sustentável.
No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Agrário é parceiro da iniciativa. Geise Mascarenhas coordena a campanha e diz que é preciso aprofundar a divulgação de informações sobre os direitos das mulheres do campo.
"A gente está trabalhando muito ativamente temas que são muito fortes que as mulheres têm. Nos surpreendeu muito que elas ficassem se perguntando se tem direito ao ócio ao lazer. São coisas que nos tocam muito."
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) destaca a importância de se garantir a segurança das mulheres rurais e indígenas. Em 2017, 71 pessoas foram assassinadas em conflitos do campo. Márcia Palhano, da CPT no Maranhão, afirma que muitas mulheres vivem sob ameaça.
"Uma das demandas mais fortes nas comunidades tradicionais, onde trabalhamos com mulheres quilombolas, quebradeiras de coco, ribeirinhas, é o direito de existir. Existe uma negação dessas realidades por parte dos governos. Eu acho que um direito que se grita hoje é o direito dessas comunidades existirem, dos seus modos de vida sejam respeitados, as suas culturas."
Para conhecer as histórias das mulheres rurais e indígenas que fizeram parte da campanha da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, acesse o site www.fao.org/brasil.