Ministério Público recomenda combate a doenças de pele no Complexo da Papuda; Sesipe nega epidemia
Distrito Federal
Publicado em 24/01/2019 - 17:04 Por Dayana Vitor - Brasília
Pelo menos 55 detentos do Complexo Penitenciário da Papuda estão com doenças de pele como sarna, furúnculos, micoses e impetigo.
Algumas delas são contagiosas e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou ao GDF uma série de medidas para acabar com a situação: compra do medicamento Permetrina loção a 5% para tratar os doentes e permissão para que os familiares possam de imediato levar a substância para o detento; realização de mutirão de saúde, higienização de salas e início de processo administrativo para implantação de lavanderias no sistema.
Em nota, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) informou que os casos de doenças de pele não caracterizam epidemia e que estão sendo tratados pela equipe médica do Núcleo de Saúde da Unidade.
Já Secretaria de Saúde informou que, desde o dia sete de janeiro, realiza mutirões de saúde no Complexo. E que intensificou a atuação após o ofício do Ministério Público.
A pasta ainda garantiu que fará a entrega de medicamentos para tratar os presos que estão com sarna. Além disso, disse possuir estoque de medicamentos como antibióticos e loções para o atendimento da demanda.
Mas uma das coordenadoras da Associação dos Familiares e Internos do Sistema Prisional (AFISP), Camila Lima, afirma que o marido está com furúnculos pelo corpo e sem tratamento há algum tempo.
A AFISP garantiu que os problemas de pele entre os presos nunca cessaram devido às condições insalubres nas celas. A entidade estima que mais de 80% dos detentos estejam com alguma doença do tipo.