Ressaca chega ao fim no litoral fluminense depois de causar estragos e arrastar duas pessoas

O alerta de ressaca da Marinha para o Rio de janeiro expirou às 9 da manhã desta terça-feira e o mar já está mais calmo. Mas a força das ondas de 3 metros que atingiram o litoral fluminense ao longo de uma semana provocaram mortes e deixaram muita destruição.

Em Saquarema, na Região dos Lagos, um menino de 5 anos, que estava com o pai nas pedras da Praia da Vila, foi arrastado pelas ondas no último domingo (21). O corpo ainda não foi localizado. Em Paraty, no litoral sul do estado, um pescador foi retirar uma rede do mar no domingo à noite e acabou arrastado para o mar. Ele também ainda não foi encontrado.

Em outros pontos, a ressaca causou danos materiais, como em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Lá, o Forte São Mateus e a Praia do Canto do Forte, chegaram a ser interditados por questões de segurança, já que as ondas estavam batendo com força nas pedras, inviabilizando o acesso aos locais. Na Praia das Dunas, também em Cabo Frio, o Corpo de Bombeiros retirou dois postos de salvamento que foram danificados pelas ondas.

Já na capital, parte do calçadão e da ciclovia da Praia do Pepê, na Barra da Tijuca, na zona oeste, foram destruídas pelas ondas. Em Ipanema, na zona sul, a água também chegou a destruir um trecho do calçadão.

O mar agitado ainda provocou ondas fortes em praias onde normalmente as águas são tranquilas e quase não há ondulação, como é o caso da Urca e do Flamengo, na Baía de Guanabara, que não ficam em mar aberto. A ressaca levou ondas de até três metros a estas praias, possibilitando inclusive a prática do surfe, que não é comum nestes locais.