Prosseguem investigações sobre suposta participação da deputada Flordelis na morte do marido
Publicado em 02/08/2019 - 12:16 Por Ícaro Matos - Rio de Janeiro-RJ
O ministro do STF, Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, decidiu nesta quinta-feira que a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro podem prosseguir com as investigações sobre a suposta participação da deputada federal Flordelis, do PSD fluminense, no assassinado de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em junho deste ano.
O caso foi enviado para avaliação do STF, após o Ministério Público constatar o possível envolvimento da parlamentar no crime. Como deputados federais têm foro privilegiado no Supremo, os promotores pediram a manifestação da corte sobre a continuidade das investigações na primeira instância da Justiça.
Ao decidir o caso, Barroso entendeu que o suposto crime de homicídio não tem relação com o mandato parlamentar. Dessa forma, a investigação deve continuar na primeira instância. No ano passado, a Corte decidiu restringir o foro especial e determinou que parlamentares só podem responder a processos no STF se as acusações estiverem relacionadas com o mandato.
Em nota, a assessoria de Flordelis afirmou que, em nenhum momento, a deputada solicitou ou reivindicou a prerrogativa de não ser investigada pela polícia e pela Justiça, e que o STF foi provocado pelo Ministério Público, porque a lei assim exige. O texto lembra ainda que a deputada se colocou à disposição das autoridades em todos os momentos em que foi solicitada e que tem todo interesse na solução do caso.