English 
Español 
Publicado em 13/05/2020 - 09:55 Por Anna Luisa Praser - Brasília
Cerca de 70% dos casos confirmados de Covid-19 entre a população carcerária estão concentrados no Distrito Federal. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde local, até o fim da tarde dessa terça-feira (12), eram 459 positivos entre os apenados.
O constante aumento de diagnósticos confirmados têm deixado familiares preocupados. Uma professora que pediu para não ser identificada, vive uma situação ainda mais dramática. É Mãe de um interno que possui problemas respiratórios. O rapaz, que foi preso em janeiro, ainda não teve audiência, e por esse motivo não pôde cadastrar o nome de parentes para receber visitas.
A professora conta que desde a detenção do filho, não teve mais notícias dele. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do DF disse que todos os apenados recebem semanalmente um kit higiene de uso pessoal com 22 itens, entre eles sabonete, creme dental e papel higiênico.
Ainda como parte da estratégia de combate ao novo coronavírus, a secretaria também tem permitido o envio - por parentes cadastrados – de itens de higiene básica e dinheiro. Tudo que é levado pelos familiares passa por um processo de desinfecção antes de ser entregue aos que estão cumprindo pena.
Além disso, a secretaria tem feito testagem em massa dos internos e funcionários do sistema prisional. Para se ter uma ideia, 94% dos testes para diagnóstico da Covid-19, feitos em cadeias federais, foram realizados no Distrito Federal.
Recentemente, por medida de segurança, os internos com diagnóstico confirmado e os que apresentam sintomas passaram a ser isolados em outros prédios para quarentena de 21 dias. Desde o anúncio dessa ação, na última quinta-feira (07), 11 apenados já ocupam dois blocos destinados ao isolamento.
A Penitenciária do Distrito Federal também tem realizado descontaminações das unidades. Ao todo, três pavilhões já passaram por esse procedimento.
Apesar do alto número de confirmações de Covid-19 dentro dos presídios do DF, até o último levantamento, não havia registro de mortes entre a população carcerária local. Entre os presos infectados, 197 já se recuperaram, mas outros 12 permanecem hospitalizados. Somente um detendo está na UTI.
