Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo são condenados por crime de peculato

Publicado em 30/09/2021 - 11:30 Por Lígia Souto* - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-governador Sérgio Cabral a 11 anos e oito meses de prisão, e sua ex-mulher, Adriana Ancelmo, a oito anos e quatro meses de reclusão. Os dois são acusados por crime de peculato pelo uso particular de helicópteros do governo fluminense para transporte de familiares, funcionários, políticos, amigos e até mesmo animal de estimação.  

A decisão é do juiz André Felipe Veras de Oliveira, da 32ª Vara Criminal. Segundo o magistrado, Cabral e Adriana Ancelmo também deverão pagas indenização, de quase R$ 20 milhões, a título de reparação mínima dos prejuízos causados aos cofres públicos.

Eles foram condenados a cumprir a pena em regime fechado, mas, de acordo com a decisão, podem recorrer em liberdade. Como Cabral está preso em razão de outros crimes, permanecerá em regime fechado. A defesa de Cabral informou que vai recorrer da decisão. 

Segundo a denúncia do Ministério Público, o ex-governador utilizou o helicóptero ao menos em 2.200 voos particulares, durante os dois mandatos como governador do estado. Pelo mesmo crime, a ex-primeira-dama foi acusada de fazer voos privados por, pelo menos, 220 vezes. A maioria dos trajetos, ainda de acordo com o MP, tinha como destino o condomínio Portobello, na cidade turística de Mangaratiba, onde o casal tinha uma mansão.  

Somente na primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro,  Sérgio Cabral foi condenado 20 vezes, com penas que, somadas, ultrapassam os 390 anos. 

A última condenação ocorreu em junho deste ano, no processo por corrupção passiva em um esquema com empresários da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor). 

Em setembro, o ex-governador foi transferido do presídio de Bangu para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, na região metropolitana,  em atendimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que aceitou pedido da defesa para que ele ficasse afastado de outros presos, citados no seu acordo de delação premiada.

*com informações da Agência Brasil

Edição: Vitória Elizabeth / Nathália Mendes

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