Cerca de 100 pesquisadores debatem resultados do projeto Pirata
Publicado em 06/10/2022 - 12:25 Por Daniel Correa - Repórter da Rádio Nacional - São Luís
Cerca de 100 pesquisadores brasileiros, norte-americanos e europeus se reúnem desde o início da semana para debater os resultados do projeto "Pirata", que há 25 anos, coleta dados oceânicos e atmosféricos da região do Atlântico.
O projeto estuda a interação entre o oceano e a atmosfera, reunindo dados a cada 10 minutos, o que permite ver com detalhes os impactos das mudanças climáticas.
A reunião anual do comitê de pesquisadores foi aberta nesta quinta-feira (6), em Porto de Galinhas, no estado de Pernambuco, com a presença de 20 representantes de instituições do Brasil, Estados Unidos e França.
Marcelo Morales, secretário de Pesquisa e Formação Científica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que representou o Brasil, destacou a colaboração da Marinha Brasileira para continuidade do projeto e que um monitoramento dessa dimensão só poderia ser feito de forma colaborativa.
A rede de 18 boias colocadas em alto-mar é a mais antiga ancorada no Atlântico. Ela colhe dados sobre salinidade, correntes marítimas, temperatura, radiação solar, pressão atmosférica e volume de chuvas.
Os mais de 4 milhões de conjuntos de dados primários permitem diagnosticar a qualidade dos modelos de previsão. Os dados coletados são abertos para a comunidade científica e são utilizados pelos principais centros de meteorologia do mundo.