Interventor no DF apresenta relatório final das falhas no dia 8.1

O interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, apresentou nesta sexta-feira (27), o relatório final com informações sobre a invasão e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e das dependências do Supremo Tribunal Federal, ocorridos no dia 8 de janeiro.

Capelli classificou os fatos como "lamentáveis" e "inadmissíveis". Ele disse que foram frutos de uma escalada de eventos que começaram logo após o resultado das eleições e a vitória do presidente Lula.

O interventor citou o vandalismo em Brasília logo após a diplomação de Lula no dia 12 de dezembro a tentativa de explosão de bomba em área próxima ao aeroporto da cidade na véspera do Natal e destacou a centralidade do acampamento montado em frente ao quartel general do Exército nos dias seguintes ao resultado das eleições.

Capelli afirmou que a inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF emitiu um relatório sobre os riscos do que aconteceria e entregou ao então secretário Anderson Torres dois dias antes dos atos.

O interventor federal Ricardo Capelli também citou outras possíveis falhas na segurança pública do DF no dia 8 de janeiro. Ele relatou que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro saíram do acampamento em frente ao quartel general por volta de 13h e, no caminho até a Esplanada dos Ministérios, a polícia apreendeu aparatos que demonstraram que o ato seria violento.

Capelli cita que até a quebra da linha de contenção na Alameda dos Estados às 14h43, houve tempo suficiente para acionar o efetivo das tropas o que não foi feito.

Segundo Ricardo Capelli, o novo secretário de segurança pública, Sandro Avelar, dará continuidade às investigações em curso.

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