PM que atirou à queima-roupa em morador da Maré pode ir a júri popular

O policial militar que atirou à queima-roupa em Jefferson de Araújo Costa, de 22 anos, morador do Complexo de Favelas da Maré, na última semana, pode ser julgado pelo Tribunal do Júri. 

O Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou ao juízo da Auditoria da Justiça Militar que o agente responda por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Incialmente o policial foi autuado por homicídio culposo e a justiça militar seria a responsável pelo julgamento.

A justificativa para o pedido de mudança de competência, segundo o MP, levou em consideração a análise dos autos, em especial as imagens das câmeras corporais usadas pelos militares que participaram da ação. O Ministério Público informou que o assunto não deve ser conduzido na esfera militar por se tratar de um crime doloso contra a vida.

O policial militar acusado da morte do morador da Maré está detido desde 8 de fevereiro, na unidade prisional da PM em Niterói, na região metropolitana do Rio.

O caso ganhou repercussão pelas imagens que circularam nas redes sociais, que mostram o agente utilizando um fuzil para agredir o jovem, na comunidade da zona norte carioca, e logo em seguida se escuta um tiro. Jefferson Costa foi socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.