Imprensa americana reage a silêncio de Donald Trump após tiroteio na Califórnia

Após o tiroteio dessa segunda-feira em San Bernardino, na Califórnia, que terminou com três mortes e um ferido, o presidente Donald Trump e a Casa Branca não comentaram o incidente nas redes sociais. O silêncio de Trump causou comentários na imprensa americana, que fez comparações com a postura do ex-presidente Barack Obama, ferrenho defensor de mudanças na legislação de armas em favor de maior controle. 

Segundo a ONG Gun Violence Archive (Arquivo de Violência Armada), que documenta e contabiliza  casos registrados em mais de dois mil veículos de comunicação do país, só este ano já foram registrado até hoje (11) 16.233 incidentes com armas de fogo no país, e 4.072 mortes nestes quatro primeiros meses de 2017. No ano passado foram 58.439 incidentes em 12 meses e 15.079 mortes, além de  30.626 feridos.

No caso da escola primária North Park Elementary School, as vítimas fatais foram a professora Karen Smith de 53 anos, um dos alunos dela de oito anos e o ex-marido da professora, Cedric Anderson, 53 anos que cometeu suicídio após abrir fogo contra ela e os alunos. Um outro estudante está gravemente ferido, hospitalizado.

Segundo a polícia, Cedric Anderson já tinha um histórico de registro de violência doméstica e teve um casamento breve com a professora.

A escola fica a 100 quilômetros de Los Angeles e a cerca de 13 quilômetros do local onde aconteceu um atentado em dezembro de 2015, quando um casal muçulmano  abriu fogo em um evento e matou 14 pessoas, além de ferir 20.

Além do silêncio do governo sobre o incidente de ontem, o governo ainda não sinalizou nenhuma mudança na legislação, mas Donald Trump é alinhado aos conservadores e republicanos, cuja maioria é contrária à mudanças na legislação e não quer maior controle no comércio de armas como defendia Barack Obama e parte dos democratas.