Otan envia militares a aliados, mas nega ação direta na Ucrânia
Comissão da ONU aprova investigação sobre ações russas na região
Publicado em 04/03/2022 - 14:32 Por Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Os próximos dias da guerra na Ucrânia devem ser ainda piores, com mais mortes, sofrimento e destruição. Essa declaração foi dada a jornalistas pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta sexta-feira (04), depois de uma reunião de emergência. Segundo ele, as forças russas continuam com os ataques pelo país e estão levando mais artilharia pesada.
Stoltenberg disse que a Otan não quer guerra com a Rússia; que a aliança não faz parte deste conflito; mas que tem a responsabilidade de assegurar que não passe das fronteiras da Ucrânia.
O secretário-geral afirmou que a força de Defesa da Otan foi destacada pela primeira vez; os aliados enviaram militares para região; além de embarcações para o mar Mediterrâneo e 130 caças estão a postos. Stoltenberg informou também que a aliança aumentou a coordenação e a troca de informações com Suécia e Finlândia.
Questionado sobre a possibilidade de criação de uma zona de bloqueio aéreo, ele respondeu que os aliados concordaram que aeronaves da Otan não vão operar no espaço aéreo ucraniano, assim como não deve ter soldados em terra.
O secretário-geral disse que o ataque à usina nuclear de Zaporizhzhya, no sul Ucrânia, mostra como essa guerra é perigosa. Um desastre nuclear é visto como uma possibilidade desse conflito.
E, em Genebra, na Suíça, a Comissão de Direitos Humanos da ONU aprovou, na manhã desta sexta-feira (04), uma resolução para investigar as agressões russas na Ucrânia. O Brasil votou a favor da resolução, mas o representante brasileiro disse que o texto deveria ser mais equilibrado e ter mais espaço para diálogo.
Edição: Sâmia Mendes / Guilherme Strozi