Cientistas chineses descobrem anticorpos eficientes no tratamento e prevenção de Covid-19

Na China

Publicado em 01/04/2020 - 15:08 Por Lana Cristina - Brasília

Uma descoberta que pode controlar a disseminação do coronavírus, bem como tratar a Covid-19. Cientistas chineses conseguiram isolar anticorpos que se mostraram bastante eficientes para impedir a capacidade do novo coronavírus de entrar nas células humanas. Isso pode ajudar tanto a tratar quanto a prevenir a doença.

 

O pesquisador Zhang Linqi, da Universidade Tsinghua, de Pequim, disse que uma medicação que tivesse esses anticorpos poderia ser mais eficaz do que as abordagens atuais, incluindo os tratamentos à base de plasma. Segundo ele, o plasma é uma abordagem mais restrita, mesmo contendo anticorpos, porque seu uso é limitado pelo tipo de sangue.

 

Para chegar ao resultado atual, tudo começou assim: no início de janeiro, a equipe de Zhang e um grupo do 3º Hospital Popular de Shenzhen começaram a analisar anticorpos do sangue colhido de pacientes recuperados de Covid-19. Eles isolaram 206 anticorpos monoclonais que mostraram ter o que ele descreveu como uma capacidade “forte” de se ligar às proteínas do vírus.

 

Depois, os pesquisadores fizeram outro teste para ver se conseguiam, de fato, impedir que o vírus entrasse nas células, segundo relatou à agência de notícias Reuters. Entre os cerca de 20 anticorpos testados, quatro conseguiram bloquear a entrada do vírus na célula. E dois desses foram, nas palavras do chinês Zhang Linqi, “imensamente bons”.

 

Agora, a equipe quer identificar os anticorpos mais poderosos e combiná-los para diminuir o risco de o novo coronavírus sofrer uma mutação. Se essas pesquisas iniciais tiverem sucesso, só depois disso, viriam os testes em animais e, depois, em humanos. Processos assim podem durar dois anos ou mais para chegar ao mercado, mas, no caso da pandemia, é possível acelerar um pouco o desenvolvimento.

 

Os anticorpos são usados pela medicina há décadas, para tratar câncer, doenças autoimunes e doenças infecciosas. Não chegam a ser uma vacina, mas poderiam impedir que uma pessoa contraísse o vírus de Covid-19.

 

A pandemia do novo coronavírus já infectou mais de 850 mil pessoas e matou 42 mil em todo o mundo.

 

* Com informações da Agência Reuters

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