Movimentos sociais fazem ato no Rio em defesa da democracia
Publicado em 01/04/2015 - 10:03 Por Glaucus Arruda - Rio de Janeiro
Movimentos sociais se reuniram nesta terça-feira (31) na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) para debater temas como democracia, direitos sociais e mudanças nos rumos da política no país.
Estiveram presentes no evento membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), centrais sindicais e da União Nacional dos Estudantes (UNE). O diretor financeiro da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio, Antônio José, definiu o propósito do ato.
Sonora: "Isso aqui é só uma reunião, uma plenária de vanguarda, não é um ato de massa, é um ato pra começar a discutir que calendário a gente vai criar. É bobagem subestimar esse negócio, achar "a CUT nos últimos anos desistiu da rua". Não desistiu da rua! Tinha uma circunstância que colocava pra gente a hipótese de não ter que necessariamente ir pra rua. Quem está pautando que a gente vá pra rua novamente são os conservadores. Isso aí a gente sabe fazer. Pra rua a gente vai."
Jadir Batista, membro da CUT do Rio de Janeiro e coordenador do setor naval, destacou que o encontro também teve o objetivo de discutir políticas para fortalecer o setor.
Sonora: "Na realidade, estão estrangulando o setor, onde você tem mais de 250 mil demissões, no Rio de Janeiro temos 15 mil demissões só no nosso setor, são 22 estaleiros, e nós estamos preocupados com isso também. Dentro desse contexto da precarização e do estrangulamento do setor naval, esse ato também vem em defesa do emprego, em defesa da Petrobras, em defesa do Brasil. Se nós estamos defendendo a Petrobras, estamos defendendo o Brasil, e defendendo as empresas estatais"
O prefeito de Maricá e presidente do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores no Rio, Washington Quaquá, afirmou que a esquerda brasileira deixou as ruas, e que é necessário que haja uma discussão para que esse quadro se reverta.
Sonora: "Acho que a mea culpa é essa. A esquerda se burocratizou e saiu das ruas, e a esquerda deixou também de ser esquerda quando não estabeleceu uma pauta de reforma. Para voltar pra rua precisa estabelecer uma pauta de reformas para poder estar à altura da conjuntura política brasileira".
No dia 7 de abril, está marcado um ato nacional mobilizando vários movimentos sociais em defesa dos direitos dos trabalhadores.