Publicado em 17/05/2017 - 16:28 Por Lígia Souto - Rio de Janeiro
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse, nesta quarta-feira (17), que a grave situação em que se encontram os hospitais e institutos federais no Rio é devida à ineficiência dessas unidades. A afirmação foi feita durante visita a Associação Comercial do Rio de Janeiro, no centro da cidade.
Ricardo Barros disse que é necessário ajustar o número de funcionários nas áreas onde há mais demanda e que a substituição de 600 funcionários temporários foi tema da reunião com os diretores das nove unidades federais. Ele determinou, também, a especialização de todos os hospitais federais para aumentar a produção e a qualidade dos procedimentos.
Durante o encontro, o presidente do Conselho Regional de Medicina, Nelson Nahon, entregou ao ministro uma auditoria sobre a “situação caótica da saúde no Rio”. Do lado de fora do prédio, servidores da saúde fizeram um protesto contra a falta de medicamentos, de material e de novos concursos.
O ministro afirmou que os profissionais estão “insatisfeitos” por causa da implantação do ponto eletrônico, que já está em vigor. Nelson Nahon contestou as afirmações do ministro e disse que não se pode culpar os médicos pela situação “criminosa” em que se encontram os hospitais.
O Ministério da Saúde informou que o repasse anual para os hospitais e institutos federais do Rio de Janeiro permanecem regulares, no total de R$ 1,2 bilhão para o atendimento em saúde nas nove unidades. Ainda segundo o ministério, os recursos destinados ultrapassam R$ 3 bilhões, considerando o custeio de pessoal.