Publicado em 08/11/2017 - 12:40 Por Graziele Bezerra - Brasília
Durou pouco mais de duas horas o depoimento do empresário Wesley Batista na CPI mista da JBS, nesta quarta-feira. Ele chegou cedo ao Senado, acompanhado de policiais federais e advogados.
No início da reunião, disse que não se arrepende de ter colaborado com a Justiça e que está preso injustamente, mas se recusou a responder aos questionamentos dos parlamentares.
O deputado Izalci Lucas, do PSDB, do Distrito Federal, se irritou diante da negativa de Wesley.
Já o relator Carlos Marun, do PMDB, de Mato Grosso do Sul, ironizou ao sugerir que os irmãos Batista façam um novo acordo de delação premiada.
Na semana passada o empresário Ricardo Saud, da JBS, também se recusou a falar na CPI. Joesley Batista é o próximo da fila, e se usar a mesma estratégia de Wesley e Saud, corre o risco de entrar e sair da comissão sem abrir a boca.
O presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, diz que vai pedir o cancelamento da colaboração premiada do executivo.
Wesley e Joesley Batista estão presos na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo acusados de usar informações privilegiadas e manipular o mercado financeiro.
* Matéria atualizada às 14h58 para acréscimo de informações e inserção de sonora.