Ambiente de negócios nas maiores cidades é marcado por distorções

O ambiente para negócios nas maiores cidades brasileiras é marcado por grandes distorções que atrapalham a competitividade. Essa é a principal conclusão do mais recente índice econômico do país, o Índice de Concorrência dos Municípios, o ICM, criado em no ano passado.

Um projeto piloto em 15 cidades definiu os 450 indicadores que avaliam leis, ferramentas e ações administrativas para fomentar a concorrência no setor privado. O índice foi divulgado pela primeira vez nessa quinta-feira pelo Ministério da Economia. Foram pesquisados os 61 municípios com mais de 500 mil habitantes.

Numa escala de 0 a 1.000 pontos, a média nacional foi de 473 pontos. Foram mapeadas 11.648 situações que podem distorcer concorrência. Uma média de 201 por município. Geanluca Lorenzon, secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia, explica o que significam essas distorções.

Mais de 40% dos entraves estão ligados a processos de licenciamento. Para Geanluca um fator que leva as empresas para a informalidade.

O levantamento expõe cada um dos entraves localizados em cada cidade. A ideia é permitir que os gestores públicos possam atuar para diminuir essas barreiras. A iniciativa foi comemorada pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva.

Segundo o levantamento, a cidade com a melhor classificação em todo o país é Sorocaba, em São Paulo.

O Ministério da Economia já começou a fazer o levantamento para encontrar o ICM para o ano de 2022. A expectativa é divulgar os resultados até junho. Mas, dessa vez, a pesquisa será ampliada e vai ser feita em 129 municípios.