Operação da PF busca autores de atos antidemocráticos

Ministro do STF, Alexandre de Moraes, ordenou mandados em 9 estados

Publicado em 15/12/2022 - 16:35 Por Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Atentado ao estado democrático de direito, bloqueio de rodovias, atos antidemocráticos e atuação em milícias digitais: esses foram os crimes que motivaram a megaoperação da Polícia Federal, nesta quinta-feira (15), para o cumprimento de mais de cem mandados de busca e apreensão e quatro prisões preventivas. Dois deputados estaduais, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, foram alvos de medidas cautelares.

Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que determinou, ainda, quebras de sigilo bancário, apreensão de passaportes, suspensão de certificados de registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, bloqueio de contas bancárias e de 168 perfis em redes sociais de dezenas de indivíduos suspeitos de organizar e financiar atos contra a democracia.

Parte dos alvos dos mandados são integrantes e financiadores dos bloqueios ilegais de rodovias de todo o país, por não aceitarem o resultado das eleições de outubro. Além disso, o Supremo alega que os integrantes dos grupos investigados atuaram “pela instalação de regime de exceção, com a implantação de uma ditadura”. Nestes casos, a suspeita é de crimes contra a honra; incitação ao crime; e tentativa de golpe de Estado.

Somente no Espírito Santo, foram 23 mandados de busca e apreensão e mais quatro de prisão. Entre os alvos, dois deputados estaduais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro: Carlos Von, do partido Democracia Cristã e Capitão Assumção, do PL. Nas redes sociais, Assumção, disse que a polícia esteve no gabinete e na casa dele, e se defendeu dizendo que cometeu o “terrível crime de livre manifestação do pensamento”.

Contra os deputados estaduais que defendem a anulação das eleições foram aplicadas medidas cautelares, como: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o estado, usar redes sociais, conceder entrevistas e participar de qualquer evento público no país.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e em mais oito estados: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Edição: Paula de Castro Ribeiro / Guilherme Strozi

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