Julho Verde: um alerta para os cânceres de pescoço e cabeça; saiba a hora de buscar orientação

Julho Verde

Publicado em 25/07/2020 - 08:24 Por Anna Luisa Praser - Brasília

Uma queda de cabelo desde a adolescência e que não melhorava, mesmo com vários tratamentos e acompanhamento frequente de um dermatologista, foi o que fez a servidora pública Débora Mabel procurar um endocrinologista. Durante exame de toque na consulta, o médico encontrou um pequeno caroço no pescoço dela.

 

Após uma bateria de exames, a confirmação: Débora tinha câncer de tireoide. Débora passou por uma cirurgia para retirada total da glândula. Em seguida, foi necessário começar o tratamento por radioterapia. Ela relata como foi esse processo:

 

Sonora: “Alguns dias depois eu comecei a fazer o tratamento com rádio e iodo, específica para tratar câncer de tireoide. É rápido, mas muito violento.”

 

Hoje, 15 anos depois, Débora está totalmente recuperada e leva uma vida normal. Por causa da retirada da tireoide, precisa fazer a suplementação hormonal. Ela também passa por uma bateria completa de exames todos os anos.

 

Casos como o de Débora não são incomuns. Somente nesse ano, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar (Inca) é de que quase 12 mil mulheres receberão esse diagnóstico.

 

E justamente porque o diagnóstico precoce é fundamental para as chances de recuperação dessa doença, é que instituições como a Associação Câncer Boca e Garganta e a Sociedade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, entre outras, promovem o Julho Verde, dedicado a conscientizar sobre os tumores em regiões como: boca, lábios, cavidade oral, laringe, faringe, garganta e tireoide.

 

A campanha, que tem o ápice em 27 de julho, por causa do Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Pescoço e Cabeça, busca orientar sobre saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

 

O surgimento de feridas parecidas com aftas, mas que não cicatrizam, rouquidão persistente, dor ou dificuldade para engolir, são sintomas dos tumores mais comuns nessas regiões. O cirurgião de cabeça e pescoço, Antônio Bertelli, explica a partir de quando esses sinais devem gerar desconfiança:

 

Sonora: “Todos esses sintomas são considerados comuns. A gente considera que até em duas ou três semanas, eles podem ser causados por doenças infecciosas. Mas a partir de três semanas, o paciente tem que se preocupar, principalmente, se ele fuma e bebe.”

 

O risco de desenvolver tumores de pescoço e cabeça é maior para quem faz uso de tabaco e álcool. Os tratamentos normalmente são cirúrgicos e envolverão algum tipo de quimioterapia ou radioterapia, às vezes os dois.

 

Com exceção do câncer de tireoide, que incide mais em mulheres, para os outros tipos de tumores, seja de boca, ou laringe, os homens são os mais afetados. Pelo menos 29 mil tumores serão encontrados na tireoide, laringe e cavidade oral, somente esse ano, de acordo com o Inca.

 

 

* Com produção de Rosemary Cavalcanti

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