Justiça impede flexibilização do uso de máscaras em Duque de Caxias
A medida acatou pedido do Ministério Público
Publicado em 11/10/2021 - 11:30 Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi a primeira cidade do país a tentar desobrigar o uso de máscaras em espaços abertos. O decreto, que dispensa o item de segurança, foi publicado no último dia 5. Mas, dois dias depois, a Justiça do Rio de Janeiro acatou o pedido do Ministério Público e suspendeu a flexiblização, até que a prefeitura comprove a segurança da medida.
Quando o decreto do prefeito Washington Reis (MDB) foi publicado, menos de 47% da população do município tinha completado o esquema de vacinação e poderia ser considerada imunizada.
Até a próxima sexta-feira (15), a prefeitura de São Paulo também já disse que pode começar a flexibilizar o uso das máscaras em áreas externas. Apesar da proporção de pessoas que já tomaram a segunda dose da vacina, ou a vacina de dose única, ser bem maior que em Duque de Caxias, mais de 60% da população da cidade, a medida é considerada precipitada por especialistas.
Para Estevão Urbano, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, a liberação do uso de máscaras só deve acontecer com base em dois indicadores. Mais de 70% da população vacinada e baixo índice de transmissão do vírus.
A medida também veme Saúde (Co sendo questionada pelo Conselho dos Secretários Municipais dnasems). Mauro Junqueira, secretário executivo do Conasems, diz que a meta dos secretários de saúde dos municípios é garantir 90% da população vacinada com duas doses, ou com a dose única.
O Ministério da Saúde também está fazendo um estudo para avaliar a flexibilização do uso de máscara, com o avanço da vacinação em todo o país. A avaliação está sendo feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Bem antes do Brasil, os Estados Unidos já tinham determinado o fim da obrigatoriedade das máscaras, mas depois da flexibilização o número de casos de covid-19 voltou a crescer e alguns estados voltaram atrás e retomaram a exigência do equipamento de proteção.
Edição: Roberto Piza / Fabíola Sinimbú