Fevereiro Laranja conscientiza sobre sintomas e tratamento da leucemia

Câncer do sangue pode surgir em qualquer pessoa, em qualquer idade

Publicado em 01/02/2022 - 09:09 Por Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

“Não desista! Não desista!”. A fala emocionada é da dona Maria Inês, de 62 anos, que descobriu que tinha leucemia durante tratamento para fibromialgia. No final de novembro de 2020, ela foi a Brasília cuidar da filha que estava com covid-19 e, por causa de fortes dores nos braços e nas pernas, decidiu fazer um exame de sangue. As taxas muito alteradas dos leucócitos confirmaram o diagnóstico. Foram nove meses fazendo quimioterapia no Hospital de Base; e, agora, ela se considera uma vencedora, embora ainda aguarde o transplante de medula óssea.

Mas esse transplante já não é mais a primeira opção de tratamento das leucemias. De acordo com Tatiane Mota, coordenadora de Comunicação da Abrale, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, existem diferentes formas de tratamento, como a quimioterapia, a imunoterapia e as terapias alvo. Ela enfatiza que a leucemia tem cura e que o importante é prestar atenção aos sintomas.

Tatiane Mota lembra que o mês de fevereiro é dedicado à conscientização sobre as leucemias, um câncer do sangue, que pode surgir em qualquer pessoa, de qualquer idade e são mais comuns em crianças. E, acrescentou que durante todo o Fevereiro Laranja, a Abrale vai postar nas suas redes sociais conteúdos sobre o que é a leucemia, a diferença entre os tipos da doença, os sintomas e tratamentos.

Sobre as causas, o médico Ricardo Bigni, chefe da Hematologia do INCA, o Instituto Nacional do Câncer, diz que é difícil estabelecer, e que, por isso é preciso ficar atento aos sintomas. Mas ele citou duas situações e, ainda, que o tabagismo pode predispor as pessoas a desenvolver a leucemia.

Atualmente, entre 60 a 70 pessoas tratam a doença no INCA, internadas ou em acompanhamento. No Brasil, de acordo com o médico Ricardo Bigni, a incidência de novos casos girou em torno de 10.800, em 2020; sendo 55% em homens e 45% em mulheres, independentemente da faixa etária. O número, segundo ele, não está aumentando. O que acontece é que os pacientes estão conseguindo chegar a tempo de fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento.

 

Edição: Sâmia Mendes / Guilherme Strozi

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