Fiocruz capacita profissionais para diagnóstico da varíola dos macacos

A Fundação Oswaldo Cruz está capacitando profissionais de saúde brasileiros e de sete países da América Latina sobre diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos. O treinamento, realizado pela primeira vez na Fiocruz, é uma iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde junto com o Ministério da Saúde e a Fundação.

Entre os temas abordados estão os procedimentos de detecção e diagnóstico do vírus para uma resposta rápida a uma possível emergência sanitária. A capacitação de dois dias, ministrada pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz, inclui treinamento prático para diagnóstico da doença em tempo real, assim como a identificação das linhagens virais, que são da África Central e Ocidental.

 A pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz Lourdes Oliveira ressalta a importância da iniciativa para que os países se preparem para eventuais casos.

A Organização Pan-americana de Saúde recomenda que todos os casos suspeitos de varíola dos macacos, considerando a avaliação clínica e epidemiológica, devem ser testados. Alguns dos sintomas podem ser lesões na pele, febre, dores no corpo e de cabeça. Segundo a Fiocruz, a letalidade é estimada entre 1% e 10%, com quadros mais graves em crianças e pessoas com imunidade reduzida.

A transmissão da varíola dos macacos ocorre principalmente por contatos pessoais, como  beijo e abraço, feridas infecciosas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias.