Campanha Janeiro Roxo visa conscientizar sobre prevenção da hanseníase

Publicado em 06/01/2023 - 12:28 Por Eduardo Cupertino* - Estagiário da Rádio Nacional - Brasília

Sempre cercada de preconceitos, a hanseníase, ou lepra - como era conhecida antigamente, continua atingindo pessoas, principalmente por conta da falta de informações para prevenção e tratamento adequado.

Na última década, o Brasil diagnosticou mais de 287 mil novos casos da doença, e é, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o segundo país no mundo com mais registros. Por isso, desde 2016, o Ministério da Saúde usa a campanha “Janeiro Roxo” para conscientizar a população e lembrar que a hanseníase tem sim cura e que o tratamento é oferecido de graça pelo SUS. 

O médico e coordenador do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Egon Daxbacher explica que apesar de ser transmitida pelo ar, a doença hoje não tem um rápido contágio. “A gente tem uma defesa natural contra ela então cerca de 10% da população é que pode ter uma falha na sua defesa que vem desde o nascimento e facilitaria você pegar essa doença. Além disso você precisa de um contato prolongado e próximo com um paciente que transmite a doença, então não é fácil pegar a doença, então hoje a gente sabe que não é necessário se quer usamos máscara para fazer o atendimento", explica. 

Além disso, logo no primeiro mês de tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença, podendo voltar ao convívio social. O dermatologista Egon Daxbacher destaca quais são os primeiros sintomas da infecção. “Aparecem manchas que podem ser mais claras que a pele, avermelhadas. Em fases mais avançadas, que não seria precoce até alguns caroços e inchaços, agora antes mesmo de aparecer algumas manchas já começam a ter alguns formigamentos, algumas pinicações, falta de sensibilidade na mão, às vezes até um pouco de perda muscular mais avançada", diz.

Quem sentir alguns desses sintomas deve procurar o posto de saúde mais próximo. É importante lembrar que, quanto mais cedo o diagnóstico, menores são as sequelas.

*Com supervisão de Leila Santos

Edição: Leila Santos/Edgard Matsuki

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