Pesquisa aponta que mulheres têm mais medo da violência do que homens

Publicado em 07/12/2022 - 17:05 Por Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Não importa o lugar onde estejam, as mulheres experimentam maior sensação de insegurança do que os homens. Dentro de casa, por exemplo, 90,5% deles se sentem seguros, contra 88,6% delas. E quando o espaço é expandido para a cidade onde vivem, a proporção cai tanto para eles quanto para elas, mas a diferença entre os dois lados sobe para 6,4 pontos percentuais. E enquanto um a cada quatro homens não se sente seguro de andar sozinho pelas ruas, o mesmo receio é vivenciado por uma a cada três mulheres. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e foram captados no final de 2021 e divulgados nesta quarta-feira.

De acordo com a pesquisa, o medo também faz com que mais mulheres do que homens mudem suas rotinas para tentar evitar a violência. Mais da metade delas evita conversar com desconhecidos ou usar o celular em público, transitar por locais com pouca circulação de pessoas, e ir a caixas eletrônicos de noite. Além disso, 63,6% tentam não sair nem chegar em casa muito tarde, 14,2 pontos percentuais a mais do que o número de homens que têm a mesma cautela.

A pesquisa também investigou do quê as pessoas têm mais medo, e a diferença das respostas de homens e mulheres também são reveladoras, de acordo com a pesquisadora do IBGE, Alessandra Scalione, que ressalta que as mulheres tem muito mais medo de ser vítima de violência sexual. 

O levantamento também aponta para 10 dos 13 tipos de violência investigados, as pessoas pretas ou pardas têm mais medo de serem vítimas do que as brancas, incluindo ser atingido por bala perdida e sofrer violência policial, com uma diferença superior a quatro pontos percentuais.

Mas a maior discrepância aparece no medo de ser confundido pela polícia com um bandido, que aflige 12,5% dos negros e apenas 6,8% dos brancos. A pesquisadora do IBGE, Alessandra Scalione explica que os fatores ambientais também influenciam muito a sensação de segurança. Em locais com galpões e terrenos abandonados, por exemplo, o medo aumenta. E em regiões onde a qualidade dos serviços públicos é considerada boa ou ótima, a confiança é maior. E como esperado, viver em áreas conflagradas afeta bastante a percepção dos moradores.

Considerando a população em geral, mais da metade dos brasileiros se sentem inseguros de andar sozinhos à noite nas ruas, uma proporção que chega a 60,4% na Região Norte, e cai para 38,1% no Sul. A pesquisa captou ainda que 40% de todas as pessoas com 15 anos ou mais, acreditam que têm chance média ou alta de serem roubadas na rua. A segunda violência com maior possibilidade de ocorrer foi o roubo no transporte coletivo, uma ameaça percebida como média ou alta para 38,1%.

Edição: Elifas Levi / Beatriz Arcoverde

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