Publicado em 12/03/2020 - 15:07 Por Marieta Cazarré - Montevidéu, Uruguai
Diante do aumento do número de casos de contaminação pelo novo coronavírus, o governo da Argentina extremou as medidas de controle e vigilância. O país, que hoje tem 21 casos confirmados da doença, vai controlar todos os passageiros que entram e que pretendem sair do país.
Quem tiver sintomas, deve cumprir a quarentena obrigatória de 14 dias, sob o risco de responder criminalmente por colocar a saúde de terceiros em risco e por ocultação.
De acordo com o jornal argentino La Nación, membros do governo estiveram analisando a legislação existente, que inclui "crimes contra a saúde pública" e estabelece que "será punido com reclusão ou prisão de três a quinze anos aquele que propague doença perigosa e contagiosa".
Ficou determinado, pelo Ministério da Saúde, que todos os voos que cheguem à Argentina provenientes de países de risco, ou que tenham como destino esses países, terão um protocolo de segurança reforçado. Os países considerados de risco pelo governo argentino são: China, Coreia do Sul, Japão, Irã, Estados Unidos e todos os países da Europa.
Após uma reunião que contou com a participação dos Ministérios do Trabalho, Educação, Turismo e Esporte, a Argentina lançou medidas também para diminuir o contato social de pessoas que estiveram em países de risco.
O Ministério do Turismo e Esporte, por exemplo, decidiu suspender no mês de março os torneios, competições, turnês preparatórias e eventos esportivos no território nacional que contem com a participação de pessoas provenientes de países com transmissão do vírus.
O Ministério do Trabalho estabeleceu uma licença excepcional para trabalhadores que tenham estado em países de risco, para que possam realizar a quarentena em isolamento domiciliário por 14 dias.
Na área da Educação, também foi determinado que alunos, professores ou qualquer outro funcionário de instituições de ensino, tanto públicas como privadas, que estiveram em países de risco, cumpram com o isolamento domiciliário de 14 dias.