Velado em São Paulo, Audálio Dantas denunciou assassinato de Vlado nos porões do DOI-Codi
Velório
Publicado em 31/05/2018 - 15:29 Por Nelson Lin - São Paulo
Começou no início da tarde desta quinta-feira (31), na sede do Sindicato dos Jornalistas, na região central de São Paulo, o velório do jornalista Audálio Dantas, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.
Ele morreu nessa quarta-feira (30), aos 88 anos, vítima de um câncer. A cremação será no Cemitério da Vila Alpina em horário ainda a ser definido.
Nascido em Tanque D'Arca, Alagoas, Audálio presidiu o sindicato entre 1975 e 1978. Foi um dos responsáveis pela oposição à ditadura militar, reforçando a denúncia da morte do jornalista Vladimir Herzog, um assassinato forjado pelos agentes da repressão, em 1975, nos porões do Doi-Codi.
Audálio Dantas também eleito deputado federal pelo MDB, em 1978.
Em mais de seis décadas dedicadas ao jornalismo, Audálio Dantas trabalhou nos principais veículos do país, como a revista O Cruzeiro, Veja e Quatro Rodas.
O jornalista foi autor de cinco livros, entre eles, “As Duas Guerras de Vlado”, publicado em 2012, que fala da saga da família de Herzog, desde a perseguição nazista até a perseguição na ditadura militar.
Ele também foi responsável por uma reportagem publicada na Folha de São Paulo sobre a descoberta da escritora negra de fama mundial Carolina de Jesus.